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Marajó, a nossa Ilha

Como não se apaixonar por uma viagem à Ilha do Marajó?
Praia dos Pescadores – Foto: amigo e parceiro Marcos Melo
Somos suspeitos pra falar, já que nossas raízes estão fincadas naquela ilha. Uma é de Salvaterra (Gabriela), cabocla nativa, que cresceu pulando da ponte do Igarapé da Praia Grande e se escondendo na “Prainha” (este nome é só para os íntimos, o nome oficial é Praia dos Pescadores) , o outro (Gustavo) tem descendência dos fazendeiros do alagado sourense e passou férias na capital do Marajó. Ambos já estamos acostumados com os búfalos e com as delícias provenientes da espécie – queijo do Marajó, doce de leite, coalhada. Mas, nunca deixamos de nos encantar com as belezas do local, que tem um clima tropical, praias de rio e os mangues.
Com 16 municípios, a Ilha do Marajó é a maior ilha fluviomarítima do mundo, que guarda consigo belezas naturais envoltas pelos seus rios, campos e floresta. Com costumes remanescentes dos seus primeiros habitantes, os Aruãs, o Marajó tem muito mais que os búfalos – figuras típicas – tem também história, cultura e muita paisagem para admirar.
Visitamos os principais destinos turísticos do Marajó: Salvaterra e Soure. Como nossa rotina hoje é outra, nestas cidades lembramos o quanto é bom viver tranquilamente.

É um roteiro que vale muito a pena fazer, se tiver tempo para admirar e sentir a brisa ou sem muito tempo, mesmo que seja só para apreciar. Aliás, a viagem de barco ou de balsa, que dura cerca de três horas para chegar à Ilha, já é uma atração à parte. Mas, se você prefere rapidez, aposte nas lanchas rápidas que fazem o trajeto em 1h30.

Como Chegar?

Navio Soure – Empresa Banav

Salvaterra é o principal ponto de entrada para Ilha do Marajó através do Porto do Camará, onde Balsas e navios que vêm de Belém aportam. De lá você escolhe entre ir para o centro de Salvaterra, para as vilas pertencentes à cidade, como Joanes, Jubim, Monsarás, Água Boa; ir pra Soure, considerada a capital do Marajó ou Cachoeira do Arari, que são as mais belas cidades do arquipélago.

Existem duas formas de Chegar a estas cidades do Marajó, de barco ou lancha, que saem do Terminal Hidroviário de Belém ou de Balsa (ferry boat) que sai do Porto de Icoaraci – Distrito de Belém.

Os navios e lanchas saem de segunda à sábado de Belém às 6h30, às 7h, às 8h30, às 14h e às 14h30 e aos domingos às 7h e às 10h. Estas mesmas embarcações voltam de Salvaterra às 5h30 (partindo do Porto do Guajará), às 6h30, às 14h30 e às 15h (partindo do Camará) durante a semana e aos domingos às 15h e de Soure (apenas a lancha) às 5h todos os dias, com exceção dos domingos. Três empresas de navegação fazem o transporte: Banav, Golfinho e Araparí. Nós indicamos a lancha da Golfinho, a mais confortável ou a lancha da Banav, que você pode comprar a passagem também pelo site (www.banav.com.br) e pagar com cartão de crédito, além dos navios serem mais confortáveis.

Chegando na Foz do Rio Camará, em Salvaterra, existem vans que levam para Joanes, Condeixa e Jubim e também aquelas que deixam na porta do hotel em Salvaterra, tem também ônibus que passam pelas ruas centrais da cidade; Quem quiser ir pra Soure, vai enfrentar uma viagem um pouco mais longa, pois além das três horas de Belém para o Camará, são mais 27Km de estrada do Camará para o centro de Salvaterra e mais 9Km para o porto da Balsa que atravessa pra Soure, de balsa são mais 10 minutos, apesar do tempo, vale a pena! Pra ir para Cachoeira do Arari, sede do Museu do Marajó, é só pegar ônibus que vai direto e atravessa um curto espaço na balsa e segue até a cidade vendo os lindos campos de Cachoeira descritos pelo saudoso escritor natural de lá, Dalcídio Jurandir.

Valores – A passagem de navio custa R$25,00 econômica e R$35,00 a área VIP ou a lancha que vai até o Camará e da Lancha Golfinho, que vai direto pra Soure ou pro centro de Salvaterra, custa R$48,00. Mas, quem quiser ver a paisagem indicamos a econômica.

Ir de balsa só vale a pena se você for de carro. O transporte sai todos os dias às 6h e 7h e às segundas, terças e quintas também às 13h, balsas extras sempre têm, mas depende da demanda. A volta é às 17h todos os dias. O preço para as pessoas é R$15,50 e do carro varia de acordo com o tamanho, um carro sedã, por exemplo, custa R$126,28. A empresa que faz o transporte é a Henvil. www.henvil.com.br

Super importante: A passagem da Balsa é vendida no terminal RODOVIÁRIO de Belém e se você for de carro, compre a passagem de ida e volta, especialmente se for alta temporada ou feriado, senão, você fica no Marajó. 

Você pode encontrar as informações completas pelas redes sociais das empresas, pelo site ou através dos telefones.

O que fazer?

Salvaterra
Praia Grande de Salvaterra – Foto: Marcos Melo

Visitar a Praia Grande de Salvaterra é quase obrigatório, se tiver tempo, faça uma trilha de bicicleta ou a pé na Mata do Bacurizal e descanse na Praia de São João; Mas, se quiser ir um pouco mais longe, vá até Joanes, uma das principais vilas do município. Há cerca de quatro séculos, padres jesuítas chegaram lá, onde construíram uma igreja, que hoje só encontramos as ruínas, mas a paisagem e a praia continuam intactas, apesar das ações humanas; Outra boa pedida é a Praia de Água Boa, que além de praia tem igarapé de água beeeem gelada.

Soure

Nossa queridinha em Soure é a Praia do Pesqueiro, linda, mais ainda quando a água chega aos nossos pés, procure saber quando a maré estará cheia porque torna a praia espetacular; Praia da Barra Velha, um pouco mais próxima do centro da cidade, pra chegar entramos em uma fazenda e deixamos o carro para atravessar um ponte de madeira sobre o mangue, incrível ver os caranguejos andando por lá. A praia, paradisíaca, quase deserta dependendo da temporada achamos muito romântica também; Na Fazenda São Jerônimo podemos fazer as trilhas mais amazônicas possíveis, por dentro dos mangues e em cima do tão famoso búfalo do Marajó. Lá já foi gravada uma novela da Globo e o Programa No Limite, da mesma emissora. O passeio depende da maré, por isso tem que ligar antes para saber. A Alvorada dos Guarás na Fazenda também é imperdível.

Quer visitar o Marajó também e tem dúvidas? Deixe seu comentário.

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