Medida começará a valer a partir de 2021. Brasileiros e mais 60 nacionalidades precisarão de autorização prévia para entrarem nos países que compõem o bloco.
O Parlamento Europeu aprovou nesta quinta (5), uma medida que exigirá uma autorização prévia para turistas que visitam os países da União Europeia. O Brasil e mais 60 países serão afetados pela mudança.
A autorização será feita por meio de um sistema chamado ETIAS (European Travel Information and Auhorisation System), onde os turistas vão preencher um formulário, com dados pessoais e o país que deseja visitar. Após emitida a autorização, ela terá validade de três anos. Entretanto, o valor previsto é de apenas 7 Euros, o equivalente hoje, a mais ou menos R$32. Viajantes com mais de 70 anos e menos de 18 não pagarão pela emissão da autorização.
O ETIAS é baseado em um sistema norte-americano – ESTA. Ambos tem a função de proteger as fronteiras dos países, comparando as informações de cada cidadão que tenta entrar, com suas bases de dados, de forma a classificar, de antemão, pessoas que apresentam risco de imigrar irregularmente ou ainda riscos muito maiores, como terrorismo.
Para Izabela Kohse, brasileira, que mora na Alemanha e tem família no Brasil, que a visita com frequência, isso não será um impedimento para os turistas. “Esta medida é para barrar terroristas e fazer uma triagem prévia e eu não considero que seja ruim, até porque terá um sistema, que a princípio não vejo como algo burocrático ou caro”.
Gustavo Costa, viajante e travel blogger, compartilha da opinião de Izabela e acha que a segurança dos moradores e visitantes deve vir em primeiro lugar, mas pondera que o Brasil deve adotar medidas semelhantes com os visitantes provenientes de países que exijam qualquer tipo de autorização prévia para brasileiros. “Se for para melhorar a segurança considero super válido. Mas, tem que ser recíproco, o Brasil precisa tomar medidas para aumentar a segurança na entrada de imigrantes ilegais e de pessoas que trazem drogas ou vêm ao país para cometer delitos de qualquer natureza. E o tratamento com os europeus e americanos, deve ser semelhante ao tratamento e regras que eles nos submetem”, enfatizou.
Apesar dos questionamentos e das novas regras, após a aprovação do Parlamento Europeu, a lei será submetida ao Conselho de Ministros e em seguida publicada oficialmente. Entretanto, só será válida a partir de 2021
Por Gabriela Dutra – Com informações de EU News e G1